segunda-feira, 12 de setembro de 2011

As Novas Tecnologias e a Educação Musical

Arnaldo Oliveira










1.Onde está a educação musical?
A música está em todos os lugares, seja como atração principal de um concerto ou pano de fundo de uma peça de teatro. Pode estar dentro do carro, na sala de jantar, na casa ao lado, ou mesmo no cantar sofrido de algum transeunte. Talvez ela se faça presente apenas no pensamento, evocando lembranças e sensações distantes do passado. A música tem poderes para acalmar ou exaltar, alegrar ou entristecer, diminuir a dor ou trazê-la de volta, fazer lembrar ou fazer esquecer. É impossível permanecer imune a esta forma artística que, ao longo dos séculos, vem diversificando-se e expandindo-se, infiltrando-se e conquistando espaços, sempre evoluindo através da troca de influências e de misturas entre seus estilos.

A música está em todos os lugares, até mesmo no som dos talheres à mesa ou nos carros passando e freando bruscamente. O conjunto sonoro do cotidiano proporciona ritmos e melodias constantes, tanto nas composições agitadas das grandes cidades como nas tranqüilas sinfonias dos parques e florestas. Tudo é música, mas o nada também é música. John Cage já afirmou que o silêncio é música, apresentando uma obra feita da ausência total de som.

Mas para identificar e apreciar essa música onipresente é preciso sensibilidade, algo inerente à todo ser humano mas que nem sempre se mostra na superfície do comportamento. Portanto educar musicalmente é, acima de tudo, desenvolver a percepção e criar condições para uma relação frutífera com os sons da vida. O papel do educador é o de mostrar os caminhos para compreender a música, uma compreensão que não se limita aos aspectos técnicos da organização teórica de ritmo e harmonia, mas que envolve também o refinamento do gosto e do paladar musical. Porém, a teoria faz parte da educação, proporcionando estruturas importantes que sustentam a base para um melhor entendimento da realidade prática, assim como o estudo histórico ajuda a entender os caminhos trilhados até o momento presente. Esse processo de educação conta com a aquisição de novos conhecimentos, o processamento das informações recebidas, e a interação dos conteúdos com a experiência dos indivíduos envolvidos. Tudo isso pode ocorrer tanto nos meios formais quanto nos não formais.
Educação Formal e Não Formal

O ensino musical formal ocorre nas escolas e instituições aprovadas por órgãos oficiais, no nível básico e no superior. O objetivo principal é, de uma maneira geral, criar um embasamento no indivíduo, sensibilizando-o a diferentes estilos de música e permitindo uma maior compreensão de sua história. No ensino básico algumas escolas oferecem a música como disciplina individual, sendo que outras a colocam como um elemento dentro da disciplina de artes. É fundamental destacar a importância da musicalização infantil, por representar o primeiro contato com a música e ser um fator decisivo na formação apreciativa da mesma. Forçar o estudo pode criar uma aversão, que irá persistir no futuro com a noção de que música e escola não se misturam, e que o universo do professor é distinto daquele da arte que o aluno gosta. Depois de introduzir o assunto e desenvolver as potencialidades básicas da criança, é vital dar oportunidades para a continuação do processo, através de atividades extra classe que permitam a cada um a prática de suas habilidades e interesses particulares. Um exemplo claro seria a formação de bandas musicais de diversos níveis e estilos com alunos.

A educação não formal existe em diferentes ambientes e situações, podendo estar organizada dentro de um conservatório ou distribuída entre professores individuais que especializam-se em determinadas áreas da música. Existem ainda materiais didáticos diversos – livros, revistas, métodos, vídeos – que permitem ao aluno ser seu próprio mestre, freqüentemente capturando informações de várias fontes para formar seu conhecimento. Percebemos então uma forte tradição de caráter autodidata no aprendiz musical, que persiste mesmo quando a figura de um professor está presente. A natureza do aluno deixa-o em estado de alerta permanente, vasculhando e garimpando todos os espaços em busca de algum conteúdo que o interesse.

A principal meta da educação não formal é desenvolver instrumentistas, habilitando os alunos tecnicamente para a performance musical e criando o domínio completo da prática e da teoria (a prática sempre sendo enfatizada). Esta centralização no instrumento é atraente para muitos alunos, que acreditam assim ficar no essencial, relegando a um segundo plano o raciocínio intrínseco da academia, onde existe a preocupação de criar um embasamento geral no indivíduo. Para tanto várias disciplinas evocam discursos que trazem um teor filosófico ao qual muitos músicos não estão habituados. Esse contraste causa um distanciamento entre o mundo acadêmico formal e a origem não formal da maioria dos instrumentistas.

O uso de novas tecnologias pode estabelecer um novo padrão no ensino musical, tanto no formal quanto no não formal. A tecnologia pode agir como elemento de conexão entre assuntos diversos, juntando a prática e a teoria e consolidando a educação musical de maneira a agradar professores e alunos. O acesso à informação fica facilitado e há a possibilidade de criar uma nova consciência musical, onde não exista radicalismo ou aversão contra nenhuma área do conhecimento.

No entanto, para avaliar o uso da tecnologia no ensino musical é preciso identificar quem são os alunos, onde obtém a informação, e que tipo de estudo é adequado.
Quem são os alunos?

Todo e qualquer ser humano é um aluno de música em potencial. Cada um têm um ritmo próprio dentro de si, marcado pelas batidas do coração ou pela freqüência dos passos do caminhar. Em maior ou menor intensidade, todos são emocionalmente envolvidos com melodias e carregam sentimentos juntos à músicas do passado. Entretanto, nem todos conseguem trazer à tona a musicalidade que encontra-se no seu interior, e jamais desenvolvem sua percepção cultural ou mesmo uma carreira na área artística.

Dentre aqueles que têm a oportunidade de acessar a informação, encontramos três grupos principais nos quais devemos nos concentrar. O primeiro deles é de crianças, que estão tendo seu primeiro contato com a música – o que pode despertar um interesse que irá perdurar pela vida inteira. O segundo é dos estudiosos da música propriamente ditos, instrumentistas ou teóricos acadêmicos que refletem sobre o universo musical. O terceiro grupo é da população em geral, não envolvida diretamente com a produção da música , mas que a aprecia e gostaria de aprender mais a respeito.

O trabalho feito com crianças têm o objetivo de, através de jogos e brincadeiras, desenvolver a sensibilidade e criar as primeiras noções de ritmo. Esse momento é marcado pela total ausência de preconceitos que possam interferir no processo. É importante proporcionar a chance da experimentação com instrumentos musicais, usando a curiosidade característica da idade e refinando seu sistema auditivo. Quando o aluno adquire a estrutura básica e deseja aprofundar-se ele passa à uma nova etapa de estudos, que pode até culminar em uma vida acadêmica dedicada à música. Nessa fase posterior vários campos compõem a aprendizagem, juntando a prática de performance com a teoria musical, assim como estudos de composição, arranjo, história, etc. Também existem aqueles que não se dedicam ao estudo da música, mas que criam uma demanda de informações e necessitam de uma formação cultural mais acentuada. Para estes, mais do que a parte técnica, interessa a história musical – especialmente aquela de seu país – para poder compreender a realidade artística em que vive.

A missão do educador é indicar os caminhos a serem percorridos, mostrar onde está a informação e como ela pode ser utilizada. Certas áreas do estudo da técnica musical exigem repetições mecânicas contínuas, e ali o professor têm um papel importante incentivando, avaliando, e reportando progressos. É necessário que a informação certa chegue até o aluno certo, dentro de seu nível de capacitação e entendimento. A educação musical têm nas novas tecnologias, portanto, um aliado vital na tarefa de disponibilizar essas informações. E apesar de meios como a Internet ou o vídeo serem novidades no ensino da música, a influência que a tecnologia exerce sobre a mesma pode ser notada fortemente ao longo da história.
As Novas Tecnologias

O desenvolvimento tecnológico teve ampla influência na música, seja nos seus meios de produção, distribuição, ou mesmo em seus estilos e tendências. O surgimento dos meios de comunicação de massa abriram novas frentes de batalha para músicos e compositores, deixando-os então imersos no complexo sistema da indústria fonográfica, até chegarmos ao mundo atual – com computadores, gravadores multicanais e estúdios.

Provavelmente o primeiro efeito da tecnologia na música foi o aperfeiçoamento dos instrumentos, através da melhoria técnica dos luthiers – nome dado aos fabricantes artesanais de instrumentos – e experimentações com a acústica. Com instrumentos melhores a mais bem acabados pode-se chegar a um resultado sonoro mais satisfatório. Mas depois de executada a composição perdia-se no espaço e no tempo, e somente seria recuperada se mais uma vez fosse interpretada. A única forma de passar a música a outro músico era a escrita, sendo que cópias de partituras eram feitas à mão, uma por vez. O desenvolvimento viria facilitar a produção de diversas cópias de modo quase instantâneo, viabilizando assim o primeiro canal de transmissão de informação musical. Mais tarde, com o surgimento de meios de gravação, a música pode ser registrada e passada à frente com a interpretação e a sonoridade própria de cada compositor. Esse caminho evoluiu até a era digital da contemporaneidade, onde existem gravações de altíssima qualidade e já vende-se música através de redes de computadores.

A evolução tecnológica afetou até mesmo o direcionamento dos estilos da música moderna, com timbres que transformaram e revolucionaram não somente o som mas também o papel social desempenhado pelos músicos. Como exemplo podemos citar a guitarra elétrica no rock dos anos 50, com sua rebeldia e agressividade, e o uso de sintetizadores (teclados capazes de sintetizar diferentes tipos de som) na década de 80, dando origem ao que iria se chamar de "new wave", estilo leve e descontraído que tinha um forte apelo no aspecto visual. Em 1981 a MTV – Music Television – foi fundada nos Estados Unidos, marcando uma nova etapa da música popular que elevou ao expoente máximo a importância da imagem do artista. Atualmente, qualquer seja o estilo em análise, popular ou erudito, há a necessidade do som estar acompanhado da imagem. Se existe um texto sobre a vida do instrumentista, ou uma gravação de sua mais importante performance, queremos também ver seu rosto, ou talvez saber que tipo de vestimenta usa para identificar à qual tribo ele pertence.

O estabelecimento da linguagem MIDI (Musical Instrument Digital Interface) foi outra contribuição notável da ciência à música. O padrão MIDI permite conectar instrumentos eletrônicos entre si e em computadores. Tal tipo de comunicação pode ser utilizada em vários contextos, inclusive na educação.

Em resumo, a tecnologia ajudou a delinear o funcionamento das estruturas que regem a música hoje. O rádio, a televisão, o vídeo, o computador, a internet – todos tiveram um importante significado em suas respectivas épocas de surgimento. Para acompanhar a história da música é preciso compreender como ela foi afetada nesse sentido, do mesmo modo que analisamos fatores sociais, políticos ou econômicos. É preciso combater o medo do futuro que por vezes domina o cenário, medo de que as máquinas irão um dia substituir os músicos – algo não raro quando falamos no aperfeiçoamento de equipamentos eletrônicos. Como exemplo dessa "substituição" temos o amplo uso de baterias eletrônicas (ocupando o lugar de percussionistas), e teclados eletrônicos (atualmente capazes de reproduzir praticamente o som de qualquer instrumento). Porém, o que percebemos mais freqüentemente é a integração da tecnologia na realidade já existente, onde ela atua somando e facilitando, e não destruindo e complicando.

As Novas Tecnologias Aplicadas à Educação Musical

Assim como em todos os outros aspectos anteriormente mencionados, a tecnologia também representa um importante personagem nos processos de educação musical. A facilitação da transmissão de informações, principalmente através da possibilidade de gravar o som e repassá-lo por meios de comunicação de massa, marcou um novo período em que o acesso à música é extremamente simples. Pode-se aprender com os grandes mestres do passado, aprender com a música vinda de países distantes, aprender com metodologias feitas por professores de renome, ou até mesmo aprender com os próprios erros. Observando as novas tecnologias aplicadas à educação musical encontramos três principais categorias – a vídeo-aula, os computadores, e a Internet.

Vídeo-aula foi o nome popular que estabeleceu-se para os vídeos comerciais voltados ao ensino da música. Uma das produtoras reconhecidas como pioneira nesse mercado é a empresa americana DCI Music Video, e como seu slogan diz ela "definiu os padrões" que hoje são seguidos por todos os seus competidores. A companhia surgiu de uma escola de música em Nova York chamada Drummers Collective, quando aulas especiais foram registradas em vídeo pelos proprietários Rob Wallis e Paul Siegel. O produto dessa experiência tornou-se disponível para encomendas pelo correio e teve enorme aceitação, e em 1983 o primeiro vídeo foi comercialmente produzido. A partir de então a vídeo-aula iria especializar-se em diferentes formatos, destinados a públicos específicos entre os estudantes de música. Como exemplo de possibilidades de organização desses formatos, temos os seguintes tópicos:

Iniciantes – Vídeos com informações básicas como: qual instrumento comprar, como afiná-lo, e princípios de como tocá-lo.
Artistas – O material de nível mais avançado utiliza nomes de músicos renomados para uma associação com qualidade de ensino.
Assunto – O nome do professor é sempre acompanhado do assunto discutido na vídeo-aula, seja ele um estilo de música ou a análise de uma determinada técnica.
História – Certos vídeos retratam a história de um estilo de música ou de um artista, marcando a trajetória de sua evolução.
Performance – Vídeos baseados no registro de apresentações ao vivo, com a finalidade de perpetuar eventos ou tributos.

Já na década de 90, com a difusão do computador pessoal como artigo comum em qualquer residência, novos recursos foram colocados à disposição do aprendiz de música. É importante ressaltar que o computador não só era outro meio de divulgação de informação, mas também oferecia uma alta interatividade do usuário para com a máquina. CD-Roms foram especialmente criados para aproveitar esse mecanismo, colocando sob o controle do aluno exercícios que antes exigiam a presença de uma segunda pessoa. Como exemplo temos o treino da percepção rítmica, melódica e harmônica, ou seja, o reconhecimento de ditados envolvendo ritmos, melodias simples e acordes musicais. O treino da percepção é baseado na repetição contínua dos exercícios, e programas de computador atuam como mestres incansáveis e infalíveis, características necessárias nas áreas onde a música torna-se uma ciência exata. Além disso, o computador permite a realização de gravações caseiras de qualidade digital, podendo-se dessa forma exercitar uma série de outros quesitos dentro da educação da música.

Entretanto, a maior contribuição do computador à educação musical ocorre quando surge a Internet. Sendo uma rede de redes, o gigantesco volume de material disponibilizado inclui páginas de referência, e sites especializadas em determinados artistas, instrumentos, ou estilos de música. Existem aquelas destinados a educadores, com sugestões para o planejamento de aulas, e outras com a intenção de atingir diretamente o aluno, com atividades e testes em vários níveis. É fundamental entender à qual grupo se dirige a informação, seja ele infantil, de educadores, de músicos profissionais, ou aberto à população em geral.

Os recursos de hipertexto oferecem uma ótima oportunidade para o ensino da história da música e de seus instrumentos. Links com exemplos ilustrativos de imagens e áudio podem ajudar na explicitação da evolução histórica de estilos, assim como a diferenciar o som de cada instrumento. A grade da partitura de uma peça pode ser colocada na tela enquanto ela é interpretada, e o ouvinte tem a opção de escolher quais instrumentos irão participar, adicionando-os um a um até chegar à orquestra completa. Este uso sincronizado de áudio com o acompanhamento da partitura resulta em novas formas de estudo, além de desenvolver a leitura musical em um contexto não tradicional.

Muita informação musical é disponibilizada através da Internet, mas ainda falta uma melhor organização dentro da rede. Uma sugestão seria a criação de "portais" que direcionassem o internauta a páginas dentro de seu nível de compreensão e interesse em cada assunto. Faltam cursos online com professores que possam estimular o raciocínio e resolver problemas. Faltam listas de discussão mais específicas dentro de questões musicais, e faltam sites que objetivem a preservação histórica da música brasileira. É essencial que os esforços para o progresso do uso da Internet caminhem nesse sentido, procurando sanar deficiências e aumentando a qualidade e a amplitude dos serviços da rede.

Conclusão

Chegamos à reflexão final sobre a importância do uso das novas tecnologias na educação musical. Percebemos então que, apesar dos diversos trabalhos já realizados, existe ainda um amplo campo a ser explorado no sentido de utilizar os avanços conquistados pelo homem. São inúmeras as vantagens para a educação musical, sendo que alguma delas quase não foram colocadas em prática. Esse é, por exemplo, o caso da viabilização de cursos à distância.

Uma análise do perfil da maioria dos aprendizes de música revela um alto teor de autodidatismo. O aluno chega a suas próprias conclusões a partir da mistura de informações vindas de fontes diversas, sempre colocadas em contraste com o gosto pessoal e experiências passadas. Em determinados momentos o estudo da música é fortemente subjetivo, e ao invés de verdades absolutas procuram-se respostas que funcionem para o indivíduo. Com a tecnologia, há uma diversificação das opções de sistemas de aprendizagem, e mais alternativas de referência são oferecidas. A figura do educador cada vez mais surge como um facilitador, orientando o aluno numa absorção mais efetiva do material.

A utilização da tecnologia pode juntar elementos da educação formal com outros da não formal, beneficiando tanto o aspecto prático dos meios não formais quanto a teoria mais generalizada presente nos meios acadêmicos. Como conseqüência temos uma aproximação da prática real de performance – o lado puramente instrumentista – com a academia, estimulando quem sabe um maior número de músicos a tornarem-se também pesquisadores. O uso do vídeo, por exemplo, pode trazer para dentro da sala de aula filmes ilustrando a vida de grandes músicos do passado, ou documentários detalhando as etapas no desenvolvimento de certos estilos musicais.

A Internet possibilita um intercâmbio entre localidades distantes, gerando trocas de experiências e contato com a música de outros países. Essas "pontes" que hoje existem entre diferentes mundos representam o único meio de acesso para quem não vive perto dos grandes centros urbanos. Somente nas grandes cidades pode-se conviver diretamente com a informação. Profissionais qualificados estão lá concentrados pela presença de estúdios, gravadoras, orquestras, estações de TV, etc. Portanto, é necessário que estes músicos disponibilizem cada vez mais seu conhecimento, seja produzindo vídeos, organizando material didático avançado, ou preparando sites na Internet.

Uma fatia majoritária dos músicos modernos lida com a tecnologia de maneira direta, aplicando-a como parte de sua rotina de trabalho. Atualmente entender de equipamentos eletrônicos é requisito básico e essencial, e aquele que não adaptar-se a essa nova realidade ficará excluído do circuito principal. Esta também deve ser a tendência seguida no ensino da música, onde professores precisarão de mais material, irão produzi-lo, e por ter mais material disponível outros professores começarão a incluir tais recursos em suas metodologias e sistemáticas.







este artigo é de:
Daniel Gohn

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