terça-feira, 13 de setembro de 2011

Música e Arte nas Escolas

(fonte arquivo: Agência Notícias Uel) - clique na foto para ler as informações sobre o evento





Estúdio de Música vai atender três disciplinas

Agência UEL

Entregue hoje (22/08) no Centro de Educação, Comunicação e Artes (CECA), a sala técnica, primeira parte de um estúdio, que quando concluído, atenderá diretamente três disciplinas do Departamento de Música e Teatro: Sonoplastia (graduação em Artes Cênicas) Música e Tecnologia (licenciatura em Música) e Arranjo (pós-graduação em Música).

Segundo o coordenador do Estúdio, professor Fábio Parra Furlanete, “há também a previsão de que o local venha a atender a pós-graduação em Design e ao Grupo de Jogos do Departamento de Computação. Alem disso, o estúdio estará a disposição da comunidade universitária para as atividades pertinentes.

Na solenidade de entrega, que reuniu a reitora Nádina Moreno, a vice-reitora Berenice Quinzani Jordão, pró-reitores, diretores de Centros de Estudos e assessores, além de professores do CECA, o coordenador do espaço, professor Furlanete, sinalizou que “a obra, quando estiver totalmente pronta, compreenderá três salas: a sala central (técnica), o auditório, cujo projeto já foi encaminhado à Prefeitura do Campus Universitário, e a sala de ensaio”.

O local, pontua seu coordenador, que passou por uma completa adaptação, viabilizara gravações de pequeno porte ou o controle de gravações feitas a partir do auditório ou da sala de ensaio, através de um circuito interno de televisão. A sala técnica também foi projetada para comportar uma turma de 20 alunos sentados durante as aulas das disciplinas ministradas no estúdio.

O diretor do CECA, Gilmar Aparecida Altran, também discursou expressando a satisfação do Centro de Estudos em receber a melhoria viabilizada com recursos de R$ 172 mil provenientes da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná[(SETI), através da Unidade Gestora do Fundo Paraná (UGF).


Blog do
Centro Acadêmico
de Música -UEL



http://camu-uel.blogspot.com/





HORÁRIO DE AULAS DO CURSO DE MÚSICA

1º. Semestre – 2011

(*sujeito a alterações)



MURAL DE FOTOS

(CLIQUE AQUI)



(formatura da turma "noel rosa" - fevereiro/2011)



(Apresentação musical - recepção dos ingressantes 2011 - sala 656)







CALENDÁRIO 2011







ESPECIALIZAÇÃO EM MÚSICA



HABILITAÇÕES EM: EDUCAÇÃO MUSICAL E ARRANJO MUSICAL



Mais informações acesse o site do curso (clique aqui)



Prograd lança o “Informa Estudantes”

Agência UEL

A Pró-Reitoria de Graduação (Prograd) está oferecendo mais uma opção para acesso às informações acadêmicas, o “Informa Estudantes”. Acessível por meio no Portal do Estudante de Graduação (www.uel.br/portaldoestudante), após entrar com seu login e senha, o estudante poderá visualizar informes da Prograd, que tem trabalhado no sentido de fornecer o maior número de informações possíveis sobre a graduação, implementando melhorias na organização de seu conteúdo e apresentação visual de seu Portal na Web (www.uel.br/prograd).

Além disso, foi criado recentemente um espaço com formulários acadêmicos, no qual estão disponíveis diversos formulários, entre eles requerimentos em geral, aproveitamento de carga horária e equivalência de disciplinas, para que o estudante possa preencher, agilizando seu atendimento.

Também foram adicionadas ferramentas de busca para facilitar o acesso as informações no Portal. A Prograd planeja ainda implementar ferramentas da Web 2.0, que tem como sua característica principal a socialização e interação entre os usuários e a criação conjunta de conteúdos.




"...esta realidade
tende a mudar com a promulgação
da lei nº11.769 que determina a
obrigatoriedade do ensino da
Música, foco deste primeiro boletim
de 2010. Como um passe de mágica
professores precisarão estar aptos a
este exercício. Impossível! O Arte na
Escola se coloca ao lado do professor
para discutir a questão e para
instrumentalizá-lo para a sala de
aula. Leia o Boletim e visite o nosso
site www.artenaescola.org.br!"

Da lei à realidade

Como escolas, professores e secretarias de educação
se preparam para ensinar Música na escola até 2011

Debate
Especialistas em Educação apontam pontos positivos e negativos
da Lei Federal nº11.769 que tornou obrigatório o ensino de Música

Caminhos e desafios
A formação contínua para o ensino de Música é tema do
artigo da Profa. Dra. Iveta Maria Borges Ávila Fernandes

(Clique na foto para ler o artigo completo)

* * *
Sugestões de Aulas de Música
no Portal do Professor (MEC)

[clique aqui]




Que tal atualizar seus conhecimentos básicos de Teoria Musical?



(... e ainda, treinar seu Espanhol?)



(clique aqui)

"El Vademecum musical es un conjunto de definiciones ordenadas por orden alfabético y trata de ser una herramienta útil al servicio de profesores y alumnos de Conservatorios o centros de enseñanza musical de cualquier nivel, que quieran conocer a fondo aspectos concretos de la teoría musical; muchos otros se verán beneficiados de la claridad y sencillez con que se presentan esta gran cantidad de conceptos.

La inmensa mayoría de los conceptos se ilustra con uno o más ejemplos, ya sea en forma de tabla o gráfico explicativo o de ejemplo musical propiamente dicho. Hemos buscado los ejemplos más claros, concretos y de aplicación general posibles. La intención es aclarar y potenciar la definición textual.

El listado de términos incluye definiciones de forma, ritmo, armonía y melodía. No pretende ser un listado exhaustivo, ni abarcar toda la teoría musical."

Daniel Roca
Emilio Molina



Notícias:

11/05/2011

Professor participa de colóquio internacional na Itália

Agência UEL

O professor André Siqueira será um dos participantes do colóquio internacional “Voci dal margine. La letteratura di ghetto, favela, frontiera”, que será realizado, nos dias 24 e 25 deste mês, na Universidade de Siena (Itália).

O professor fará a conferência “A voz do morro: samba e resistência cultural”. O colóquio é uma iniciativa do Departamento de Filologia e Crítica da Literatura da Faculdade de Letras da Universidade de Siena.

Docente do curso de Música da UEL, André Siqueira é conhecido em Londrina pelo seu trabalho como compositor, violonista e violeiro. O professor também produz e apresenta o programa “Cordas Brasileiras”, às terças-feiras, às 17 horas, com reprise aos domingos, às 7 horas. Na área acadêmica, o professor é aluno de doutorado em Ciências Sociais na UNESP de Marília.





16/03/2011

Quarteto de jazz formado na UEL estreia nesta quinta-feira

Agência UEL

Fábio Furlanete, Diego Barros, Augusto Shoji e Thiago Marinho (foto: CAMU)

O quarteto de jazz “Repentemudo” faz sua estreia nos palcos de Londrina nesta quinta-feira (17), em apresentação a partir das 20h30, no Brasiliano Bar e Cozinha.

O grupo é formado pelo professor do curso de Música da UEL, Fábio Furlanete e por três músicos que fazem a graduação na universidade: Diego Barros e Augusto Shoji, do terceiro ano, e Thiago Marinho, do quarto ano.

O repertório de estreia traz jazz moderno, dos anos 1950 e 1960, bebop e free jazz, destacando nomes como Milles Davis, Thelonius Monk, Billy Strawhorn, além de Lester Young e Joe Henderson.

Fábio Furlanete é professor da UEL desde 1999. “Eu estava há quase 15 anos sem tocar e foram duas vontades: a minha, de voltar, e a dos meninos de aprender uma linguagem nova para eles”, explica. (Com informações do Núcleo de Jornalismo da UEL FM)





11/03/2011

Convênio entre UEL e escolas viabiliza o ensino de Música

Agência UEL

Convênio possibilita o repasse de instrumentos musicais para escolas



Em convênio assinado hoje (11/03) na reitoria, a UEL cedeu, em sistema de comodato, 72 instrumentos musicais para as escolas estaduais Ana Molina Garcia e Moraes de Barros, de Londrina. Adquiridos com recursos do Ministério da Educação (MEC) e da Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (SETI), e também doados pela Receita Federal, os instrumentos serão utilizados nas atividades do projeto de extensão “Identidades e Culturas Juvenis: agregando a escola e a comunidade na busca da transformação social”.

Com oficinas de violão, teclado, flauta doce, violino e percussão, além de artes visuais e teatro, em quase dois anos o projeto mudou a realidade social do Colégio Ana Garcia Molina, localizado na zona Leste de Londrina. As oficinas realizadas pelo Programa Universidade Sem Fronteiras da SETI, são desenvolvidas por estagiários dos cursos de Música, Artes Cênicas e Artes Visuais da UEL que buscam a integração entre a escola e as pessoas da comunidade.

Na avaliação da professora do Departamento de Música e Teatro (MUT), Cleusa Cacione, os instrumentos farão parte do material didático das escolas, inclusive para subsidiar o estágio curricular dos alunos do curso de Música. “Serão as duas primeiras escolas públicas com material adequado para as aulas, possibilitando o ensino efetivo de Música”, avalia. Já Aracelle Motta, diretora do colégio Ana Molina Garcia, afirma que a destinação dos instrumentos servirá para enriquecer as ações do projeto, já que a música será ensinada de maneira mais concreta. “A música está inserida no cotidiano da escola e conta com o completo envolvimento dos alunos”, diz. Além da vice-reitora da UEL, Bernice Quinzani Jordão, estiveram na assinatura do convênio a professora do MUT, Magali Oliveira Kleber.

A partir desde ano, o ensino de Música na Educação Básica (séries iniciais, Ensino Fundamental e Médio) passa a ser obrigatório nas escolas. Embora a lei que regulamenta a Música como conteúdo curricular tenha sido sancionada há quase três anos, as escolas públicas e privadas ainda se adaptam para incluir o ensino musical nos projetos pedagógicos e garantir o acesso de crianças e jovens ao conhecimento musical.





23/02/2011

Mais dois shows marcam recepção aos calouros no RU

Agência UEL

Como parte da programação de boas-vindas aos 3.100 calouros e aos demais estudantes da UEL nesta primeira semana de aulas, a Coordenadoria de Comunicação da UEL promove nesta quinta-feira (24), no pátio do Restaurante Universitário (RU) duas apresentações musicais.

No ritmo do legítimo samba de raiz, o primeiro show será às 11h45, com o grupo Samba 172, formado por alunos do curso de licenciatura em Música da UEL. No mesmo dia e local, às 18h45, o coral feminino Entretantas, formado por professoras e servidoras da UEL também levará boa música brasileira aos alunos.





22/02/2011

Regentes participam de Convenção Internacional nos EUA

Agência UEL


Professora do Departamento de Música e Teatro e regente dos coros Infantil e Juvenil da UEL, Lucy Schmiti, embarca no próximo domingo (27) para os Estados Unidos onde participará da American Choral Director Association (ACDA) – Convenção Nacional dos Regentes Americanos, que será realizada em Chicago, de 9 a 12 de março. Junto com a professora embarcam também as regentes Oleide Lelis, Klésia Garcia, Carla Nishimura e Ana Paula Miqueleti – que participam do projeto “Um Canto em cada Canto”, patrocinado pelo Programa de Incentivo à Cultura de Londrina (Promic), desenvolvido pela Secretaria Municipal de Cultura.

Na prática as regentes pretendem levar a mala vazia para trazer de volta uma grande bagagem musical rica e variada, a partir de experiências, novas partituras, ideias e criações para colocar em prática nas aulas da Universidade e nos projetos que envolvem a comunidade. Lucy Schmiti é uma regente experiente, tendo começado as atividades ainda em 1982, como professora da UEL e auxiliar de regência do maestro Othonio Benvenuto.

Segundo Lucy, que já participou de uma convenção internacional há alguns anos, trata-se de uma experiência singular. Além de debates, workshops e máster classes, os participantes assistem a concertos, somando informações atualizadas sobre a prática e a regência de coral.

Assessoria a corais e coralistas

O movimento coral em Londrina é crescente. Além do interesse cada vez maior dos jovens com a prática coral, existe um trabalho desenvolvido junto a escolas da cidade, que estimula novos coralistas. Para dar atendimento a estas iniciativas, a UEL desenvolve o projeto de extensão “Procedimentos Técnicos em Regência e Preparação Vocal – atendimento à comunidade”, que tem o objetivo de atender as demandas dos coros de Londrina.

O projeto conta com a participação da professora Lucy e do professor do Departamento de Música e Teatro da UEL, Jailton Santana. A proposta é atender regentes e coralistas que buscam informações e oportunidade de aprimoramento. Contatos com o projeto podem ser feitos junto à Divisão de Música (Casa de Cultura) pelo telefone (43) 3322-5224 ou no Departamento de Música e Teatro da UEL (43)-3371-4761.







Tem aula de música na escola!

Apesar de obrigatória desde 2008, Escola Municipal Norman Prochet ensina a disciplina aos alunos há sete anos. (24/08/2010)


Qual a diferença entre a flauta transversal e a flauta doce?, pergunta o professor. ‘‘A flauta doce dá para comer?’’, responde, com outra pergunta, um aluno da frente. Pelo tom lúdico, dá para saber que a aula acontece em uma escola. O som do instrumento de sopro, então, pode ser ouvido pela turma de terceira série da Escola Municipal Norman Prochet, região sul da cidade.

A música é conteúdo obrigatório nas escolas públicas e particulares desde 2008 mas as instituições ganharam três anos para se adaptar à lei, o que significa que a partir do ano que vem, todas devem oferecer a disciplina. Na Norman Prochet, escola que ficou em primeiro lugar na nota do Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) entre as instituições das séries iniciais de Londrina em 2010, as aulas fazem parte da rotina há sete anos.

Três vezes por semana, os alunos de 1ªa 4ªséries aprendem a distinguir o som dos diferentes instrumentos e os ritmos dos variados estilos musicais do repertório brasileiro. O aprendizado vem na forma da participação. Eles cantam juntos, batem palmas e interagem com os professores.

Os professores na verdade são oito alunos do estágio obrigatório do curso de licenciatura em Música da Universidade Estadual de Londrina (UEL). Os estudantes dos dois últimos anos do curso fazem o planejamento das aulas e ensinam os alunos da escola Norman Prochet.

‘‘Eles aprendem os aspectos rítmicos e melódicos, a instrumentalização, os gêneros musicais, tudo sob o ponto de vista da percepção sonora, da execução, da produção musical, e conforme a idade, da reflexão sobre a música e o contexto no qual ela está inserida’’, explica a docente e coordenadora de estágio do Departamento de Música da UEL, Helena Loureiro. Ela conta que, em uma das aulas, por exemplo, os alunos produziram um blues junto com os estagiários.

Com as aulas, os alunos do ensino básico passam a ter contato direto com instrumentos musicais. ‘‘A gente vê instrumentos que nem conhecia’’, diz o aluno Victor Escame Munhoz, da terceira série. ‘‘Do saxofone, por exemplo, todo mundo ouve falar, mas quando trago tenho que identificar porque a maioria não sabe o que é’’, observa um dos estagiários da UEL, Wendel Gonçalves Antunes.

Os estilos musicais aprendidos em sala de aula também são variados. ‘‘Mas são principalmente os instrumentais, a que eles pouco têm acesso’’, continua Antunes. Para outro estagiário, Noel Carvalho Santos Jr, as aulas trazem uma experiência musical diferente da que a mídia costuma mostrar. ‘‘Sempre trago músicas folclóricas, especialmente músicas brasileiras.’’

Segundo Santos Jr, o importante é que os alunos não fiquem só de espectadores durante as aulas. ‘‘Uso muito o esquema das palmas e do pulso para ensinar o tempo da música, os próprios instrumentos para diferenciar o médio, grave e agudo...’’, exemplifica. E por mais que o objetivo seja ir além do que os alunos ouvem no dia a dia, o estagiário diz que sempre procura trabalhar com o contexto que a criança traz de casa, ‘‘para ter mais significado para ela’’.

Mais interesse

A diretora da escola, Sílvia Regina Souza Facco, afirma que as aulas de música têm efeito imediato sobre as crianças. ‘‘Elas fixam mais a atenção, têm mais motivação, estímulo, ficam mais calmas. Os indisciplinados ficam mais centrados e conseguem um resultado muito melhor.’’

Ela ainda conta que, depois das aulas, o interesse dos alunos em tocar algum instrumento também aumentou. ‘‘Temos muitas crianças que já foram iniciadas em um instrumento’’.

Em uma das turmas de terceira série, por exemplo, a ideia de tocar guitarra entre os meninos cria entusiasmo. ‘‘Quero aprender a tocar violão para depois comprar uma guitarra’’, declara Mateus de Andrade Santos, de 9 anos. O aluno Victor Escame Munhoz partilha do desejo. ‘‘Vejo outras pessoas tocando violão e fico com vontade.’’

Já Vitor Antônio Campos, também de 9 anos, prefere os instrumentos de sopro. ‘‘Já aprendi flauta e trompete na igreja. Escolhi esses porque são instrumentos de sopro, e como tenho asma, eles ajudam na respiração.’’

Na Norman Prochet, a música está presente não só nas aulas específicas, mas também de forma interdisciplinar. ‘‘Ela está inserida em atividades como a produção de texto com música de fundo, por exemplo. Os alunos pedem e já se acostumaram’’, comenta a diretora.


Mie Francine Chiba
Reportagem Local



Novos rumos para a música instrumental

Premiado pelo Rumos Itaú Cultural, multi-instrumentista André Siqueira se prepara para gravar CD, DVD e programas de TV. (10/11/2010)



André Siqueira: ‘O importante é tornar a música disponível;

considerá-la como transformadora da realidade’
Os acordes afinados e a brasilidade da música do multi-instrumentista André Siqueira agora ganham novos rumos. Recentemente contemplado na premiação do Rumos Itaú Cultural, na categoria música, ele se prepara para gravar CD, DVD e uma série de programas de TV onde o objetivo é mostrar o que há de mais diversificado e de qualidade no ramo musical brasileiro. ''É um prêmio importante, com 10 anos de história, que faz um mapeamento importante do que acontece no Brasil na área da música'', comenta Siqueira, um dos 30 selecionados dentre 393 inscritos na sua categoria. Ao todo, considerando as categorias Coletivo, Infantil, Homenagem e Mapeamento, foram 2.699 inscritos, sendo 74 pessoas selecionadas. De Curitiba, ainda foram contemplados Carlos Careqa (Mapeamento) e Maxixe Machine (Infantil), que concorreu com nomes como Pato Fu e Barbatuques, também vencedores.

Selecionado na categoria Coletivo, inédita no programa (assim como a infantil), Siqueira agora terá que se reunir com mais três artistas selecionados para criar uma obra coletiva. No seu caso, participam a pianista Délia Fischer (RJ), o guitarrista Guilherme Darisbo (RS) e o percussionista Loop B (SP). ''Os primeiros ensaios começam em dezembro e vamos ter um produtor só para o nosso grupo. Vai ser um desafio, é um processo instigante'', destaca Siqueira, que concorreu ao prêmio com três músicas - duas canções de Pereira da Viola e Wilson Dias e uma instrumental de sua autoria.

Aliás, a música instrumental é a sua linguagem sempre em busca de uma identidade própria. Arraigado na cultura popular, Siqueira conta que o violão é seu instrumento principal, mas não dispensa o bandolim, a guitarra portuguesa, a viola caipira, o contrabaixo e a flauta transversal - sem nunca descartar a possibilidade de assumir novos desafios instrumentais. ''A música está na cabeça e não na ponta do dedo. O instrumento é a ferramenta para tornar possível uma ideia'', avalia, destacando o trabalho do luthier londrinense Nilson Demare pelo som de qualidade.

Formado pela UEL - onde leciona - há dez anos, e com mestrado pela Universidade Federal de Minas Gerais, Siqueira agora está fazendo doutorado em Ciências Sociais na Unesp, de Marília, onde pesquisa o pensamento social da trilha sonora de filmes de Glauber Rocha e Nelson Pereira dos Santos. Ele ainda participa como colaborador de um projeto de extensão do curso de música da UEL no Colégio Estadual Ana Garcia Molina. ''O importante é tornar a música disponível; considerá-la como transformadora da realidade, e não o tocar em si'', defende.

Siqueira ainda lamenta que os projetos culturais da cidade não valorizem a música instrumental e considera que falta fomento para a produção local. ''O mais difícil é viver da sua própria composição, da sua própria linguagem, e Londrina deveria aproveitar a sua falta de tradição, por ser uma cidade jovem, para aproveitar o lado bom de poder fundir linguagens'', sugere. Quem quiser conferir parte do talento de André Siqueira pode ouvir o CD Lithos (2003), que está sendo distribuído pela Tratore em todo Brasil. Para o ano que vem, ele está preparando outro CD autoral, intitulado Catamarã.


Ana Paula Nascimento
Reportagem Local



Professor da UEL ganha prêmio Funarte 2010

Música
Composição premiada

Fernando Hiroki Kozu, compositor e professor de música da UEL, ganhou o Prêmio Funarte de Composição Clássica
12/01/2011 | 00:00



Timbres, harmonias e ritmos nada convencionais. Eruditos, mas não clássicos. A música contemporânea do professor Fernando Hiroki Kozu, do Departamento de Música e Teatro da Universidade Estadual de Londrina (UEL) foi premiada na edição 2010 do Prêmio Funarte de Composição Clássica, em novembro do ano passado. A composição aguarda agora o momento de estrear e ser executada na maior mostra de música erudita do Brasil, a 19ª Bienal de Música Brasileira Contemporânea, que será realizada no segundo semestre.

A composição premiada aí, mas onde, como foi preparada para um quinteto de sopros: flauta, oboé, clarinete, trompa e fagote. Das 384 obras inscritas, foi escolhida junto com outras 59. A premiação, na realidade, contemplaria 70 composições, mas segundo a organização a qualidade do material enviado não permitiu completar o quadro de prêmios. “Foi o primeiro prêmio que eu participo e o primeiro que eu ganho. Para mim foi uma surpresa. Eu não esperava. Enviei a peça mais por curiosidade”, conta o professor Kozu. Além de poder executar a música na Bienal, a peça recebeu um prêmio de R$ 10 mil.

A obra concorreu na categoria música da câmara para até dez instrumentos. “São várias, desde música orquestral até composições solo”, explica. O processo de criação, especificamente para o prêmio, demorou um tempo relativamente curto: 15 dias. “É uma peça inédita, que foi um dos critérios, de não ter sido apresentada em nenhum lugar. As ideias já estavam no ar, mas eu sentei para terminar em 15 dias”, diz. A harmonia instrumental, com estética da música contemporânea do século XX, segue um trabalho com sonoridades, texturas e timbres, de ritmo e harmonia pouco tradicionais.

Para concorrer, Kozu enviou a partitura aos organizadores. “Editei num programa, imprimi e enviei. Eles devem abrir concurso para os músicos executarem a composição”, afirma. Ainda com 36 anos, o professor formou-se em música pela própria UEL, onde passou a dar aulas como temporário em 2000. Seis anos depois foi efetivado no departamento. “Trabalho com as disciplinas na área de linguagem e estruturação musical, percepção musical, harmonia, análise musical e arranjos”, conta.

Com uma carreira tão jovem, ser premiado é um estímulo para continuar a produção. “Isso me motivou a dar continuidade ao trabalho. Não tenho um trabalho consistente, pois estou iniciando a carreira. Então, é um incentivo muito grande”, comenta. Uma produção que, por vezes, é considerada marginalizada, já que há pouco espaço para a divulgação da música erudita contemporânea, em comparação com a música erudita clássica. “A música clássica convencional tem espaço de divulgação maior”, aponta o professor.

Ao todo, o prêmio contemplou oito obras para orquestra sinfônica, seis para orquestra de câmara e seis para orquestra de cordas. Outras categorias também foram contempladas, como 16 para conjuntos de câmara (entre quatro a dez instrumentos), 15 obras solistas, duos e trios e oito composições de música eletroacústica.

“Não há espaço na mídia convencional”

JL – Qual a sua avaliação do cenário da música contemporânea em Londrina, no Brasil?

Fernando Hiroki Kozu – Existem várias vertentes dentro da música chamada clássica ou erudita. No ano passado, coordenei um evento dentro do Festival de Música de Londrina (FML), que foi o primeiro encontro paranaense de composição musical. A gente tentou fazer um levantamento, reunir alguns compositores do Paraná. Em Curitiba já tem bastante nome. Mas sempre é uma música muito marginalizada, que não tem outra via de divulgação e disseminação a não ser esse tipo de evento, em bienais, encontros, congressos, sempre ligados à área acadêmica. Não há espaço na mídia convencional.

A música erudita tem mais divulgação?

A música clássica mais convencional tem espaço de divulgação maior. A música contemporânea é mais experimental. Por ter linguagem distinta, cada autor tem uma linguagem própria, então ela não segue muitos padrões. Você ouve e identifica que aquilo te lembra alguma coisa. Houve um tempo em que um programa semanal na UEL FM divulgava esse tipo de repertório.

A academia estimula esse tipo de música?

A gente tenta sempre estimular com eventos dessa natureza. Nas aulas a gente tenta trazer esse material. Eu sou formado na UEL e acabei tendo contato com esse tipo de repertório dentro do curso, em projeto de pesquisa. Vejo que é um espaço que está cada vez mais acessível aos estudantes em função dos professores realizarem projetos, encontros e estimularem os alunos a participarem.



Fábio Luporini



(Saiba mais: Funarte)





Os rumos da composição paranaense em pauta

O 1º Encontro Paranaense de Composição Musical, pela primeira vez no Festival, vai reunir compositores paranaenses em três dias de conferências



Mário Loureiro e Chico Mello / Foto: Elvira Alegre

por Ascom 30º FML – Alea/Doc

Com o tema “Rumos da criação musical paranaense”, o 30° FML realiza de 19 a 21 de julho na ACIL - Associação Comercial e Industrial de Londrina (Rua Minas Gerais, 297, 1º andar), o 1º Encontro Paranaense de Composição Musical. As participações dos compositores paranaenses Arrigo Barnabé, Chico Mello, Harry Crowl, Rogério Krieger e Mário Loureiro estão confirmadas.

A programação será aberta nesta segunda-feira, dia 19, às 9h, no auditório da ACIL com o lançamento do livro ‘Obra Coral’ de Henrique de Curitiba, além de uma homenagem ao autor. O evento é aberto a todo o público e a programação completa está no site www.fml.com.br.

“O encontro vai discutir a estética da composição, mas não só a forma como é escrita, mas a tendência moderna que o compositor adota”, fundamenta Marco Antonio de Almeida, diretor artístico do festival. O encontro abrange palestras, conferências e mesa redondas. O diretor artístico completa: “Faremos um ‘varal de partituras’ para expor as partituras desses compositores paranaenses”.

Na programação, estão previstos os seguintes temas: “Panorama da composição musical no Paraná” com Harry Crowl; “A importância da música na sociedade atual”, organizado por Rogério Krieger; “Criação musical e crise da cultura na sociedade contemporânea” discutida pelo londrinense Arrigo Barnabé; a mesa redonda “Aspectos da formação do compositor na atualidade” mediado por Mário Loureiro e “Corporalidade, referência e identidade” coordenado por Chico Mello.

Para o professor da UEL, Mário Loureiro, que será o mediador de várias mesas, o encontro é resultado de uma busca antiga e a oportunidade para saber o estado da arte da composição paranaense. “Temos uma história na composição no Estado, que poderemos levantar agora”, afirma. Segundo Loureiro o formato do evento vai permitir a identificação das influências que os compositores paranaenses sofreram na sua formação e abordar as técnicas de formação desses artistas. “Isto é ótimo para as gerações que estão surgindo”, diz.

Sobre os compositores:


Harry Crowl: Estudou na Juilliard School of Music. Foi delegado brasileiro junto à Sociedade Internacional de Música Comtemporânea (SIMC), entre 2002 e 2006. Atualmente, é professor da Escola de Música e Belas Artes do Paraná, Diretor Artístico da Orquestra Filarmônica da Universidade Federal do Paraná e produtor de programas de rádio da Paraná Educativa FM.


Arrigo Barnabé: Surgiu na cena musical brasileira no final dos anos 70. Em 1980 lança o álbum independente "Clara Crocodilo", marco inicial da vanguarda paulista, apresentando uma fusão entre a música popular urbana e a música erudita contemporânea. Em 2009 estreia o show “Caixa de ódio”, dedicado à interpretação da obra de Lupicínio Rodrigues. Idealiza e apresenta, desde 2004, o programa Supertônica, na rádio Cultura FM.


Mário Loureiro: Graduado em Composição e Regência pela Faculdade de Artes Alcântara Machado(SP), é mestre em Comunicação e Semiótica pela PUC – SP. Professor do Departamento de Música e Teatro da Universidade Estadual de Londrina.


Chico Mello: Formado em Violão na Escola de Música e Belas Artes do Paraná, Medicina pela UFPR e Composição e Teoria Musical pela Hochschule der Künste, em Berlim. Doutor em Musicologia pela Technische Universität Dortmund, em Dortmund. Trabalhou como arranjador, compositor e instrumentista em grupos de música popular e música experimental no Brasil.


Rogério Krieger: Estudou Regência com Roberto Duarte e com o búlgaro Kamem Goleminov. Atuou como solista da Camerata Antiqua de Curitiba, spalla e membro fundador da Orquestra Sinfônica do Paraná. Recebeu o prêmio Talento do Paraná como destaque na música paranaense. É um dos principais expoentes da nova geração de compositores brasileiros, com obras divulgadas em países como Portugal, Espanha, Itália, França, Inglaterra e Angola.

Serviço:
1° Encontro Paranaense de Composição Musical
De 19 a 21 de - das 9h às 17h.
Local: ACIL –Associação Comercial Industrial de Londrina
Avenida Minas Gerais, 297 – 1º andar



(mais informações)
Terminado o I Encontro Paranaense de Composição Musical



16º SPEM abre as atividades do 30º Festival de Música de Londrina


Agência UEL



Durante três dias educadores do Paraná e de outros estados brasileiros discutirão o ensino da música nas escolas

Em um momento em que todo o país discute a obrigatoriedade do ensino da música nas escolas, o 16º Simpósio Paranaense de Educação Musical (SPEM), evento científico que acontece de 8 a 10 de julho, no Centro de Educação, Comunicação e Artes (CECA) da Universidade Estadual de Londrina (UEL) vai debater a “Educação Musical na Escola: da proposição à ação”.

O Simpósio faz parte da programação do 30º Festival de Música de Londrina, que vai até 24 de julho. O evento será aberto pela presidente da Associação Brasileira de Educação Musical (ABEM), professora Magali Kleber, de Londrina, falando sobre o tema central do simpósio, às 9 horas, na quinta-feira (8) no Anfiteatro do Centro de Estudos Sociais Aplicados (CESA).

“Queremos envolver mais as pessoas que estão trabalhando na prática. Após quase dois anos da aprovação da Lei 11.796/08, que instituiu a obrigatoriedade do ensino de Música, percebe-se que ainda há um longo caminho a percorrer. Queremos mobilizar os profissionais e também os estudantes, mas sabemos que a situação está bastante arraigada e temos um tempo para que a situação se dilua e comecem a ocorrer mudanças”, explica a professora Helena Loureiro, coordenadora do encontro.

O 16º SPEM vai apresentar diversas ações bem sucedidas, que estão sendo realizadas no ensino da Música e também, as pesquisas que têm contribuído para o aprimoramento destas ações e a formação de professores. Nos painéis serão apresentadas experiências significativas no Paraná, como parcerias entre as instituições de ensino superior e a comunidade.

Uma experiência que será apresentada no simpósio relata o trabalho desenvolvido na Escola Municipal Norman Prochet, em Londrina, pelos alunos do curso de Música da UEL. “Os alunos da graduação em Música realizam estágio curricular nesta escola com alunos da 1ª à 4ª série do Ensino Fundamental, há seis anos e no ano passado, todos os alunos tiveram aula de Música”, relata Helena Loureiro.

Na programação de sexta (9) e sábado (10), destacam-se os minicursos: “A música no contexto da disciplina de arte” com Cleusa Cacione (Londrina), “A educação musical nos anos iniciais do Ensino Fundamental” com Sérgio Figueiredo (SC), “A educação musical da educação infantil” com Helena Loureiro (Londrina), “Para professores de música graduados ou em curso de graduação” com André Vercelino (Londrina), “Educação musical para bebês”, com Micheline Góis (Maringá), “Um canto em cada canto; estratégias em educação musical através do canto coral” com Oleide Lélis.

Programação artística

Na quinta-feira, 8, às 20 horas no Teatro Zaqueu de Melo (Av. Rio de Janeiro, 413) o Quarteto de Violões de Londrina, formado pelos músicos Inácio Rabaioli, Yuri Marqueze, Tiago Ridolfi e Lucas de Oliveira se apresentam executando obras de Bocherini, Piazzolla e Pixinguinha.

No dia 9, sexta-feira, é a vez do grupo “Café no Sangue”. Eles se apresentam no Meninas Bar (Av. Maringá, 1550) a partir das 21h30. Formado por Rosana Erthal (flauta), Júlio Erthal (saxofone), Osório Perez (violão de sete cordas), Marcos Pajé (cavaquinho) e André Vercelino (pandeiro), o conjunto apresentará um repertório diversificado, mesclando diferentes estilos formadores do choro e brincando com timbres, além de trabalhar contrapontos inspirados em Pixinguinha & Benedito Lacerda em choros clássicos e modernos, do século XIX ao XXI. (Fonte: Assessoria de Imprensa do FML)

16 SPEM-abertura: grupo "Samba 172" (alunos do curso de música/UEL)



Projeto oferece assessoria na área de música à comunidade

Agência UEL



O projeto de extensão “Procedimentos Técnicos em Regência e Preparação Vocal – Atendimento à Comunidade”, coordenado pelos professores Lucy Schimiti e Jailton Santana, do Departamento de Música (CECA) e também regentes da Divisão de Música da Casa de Cultura, presta assessoria à comunidade nas áreas de técnica vocal, dinâmica de ensaio, classificação vocal, regência, etc.

As pessoas interessadas em receber atendimento devem entrar em contato pelos telefones 3371-4761 (Departamento de Música) ou 3322-5224 (Divisão de Música da Casa de Cultura), e agendar um horário com os coordenadores do projeto. Segundo a professora Lucy Schimiti, existe uma carência na prestação deste tipo de assessoria na região. “As pessoas que mais nos procuram são líderes de grupos vocais, cantores, regentes de grupo musical de igrejas, professores e até pessoas que ministram palestras”, informa a professora.

O projeto também oferece atendimento a pessoas interessadas em montar corais em empresas ou instituições. “Além disso, fazemos cadastro das pessoas que têm interesse em receber informações sobre eventos e cursos nas áreas atendidas pelo projeto”, acrescenta o professor Jailton Santana. O projeto existe há cinco anos e conta com a participação de estudantes do curso de Música da UEL.

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